A cadeia de fornecimento de carne bovina é composta por um conjunto complexo de atores que estão envolvidos em diferentes etapas da produção de gado. O nosso principal objetivo é contribuir para a construção de uma cadeia livre de desmatamento por meio de políticas internas para abastecimento, processos estruturados e engajamento de todos os elos.
Possuímos, desde 2016, uma Política Socioambiental de Compras de Carne Bovina e um processo específico para homologar fornecedores(as), de marcas próprias ou nacionais, além do monitoramento constante para garantir que os critérios definidos na Política estão sendo cumpridos pelos(as) fornecedores(as). A Política visa garantir a transparência da cadeia produtiva e de fornecimento da carne bovina, abrangendo detalhes de percurso e origem desde a fazenda até o abate, para checagem de que o gado não tenha sido criado em áreas de desmatamento ou conversão de vegetação nativa, além de outros critérios.
Desde 2020, para que possam estabelecer relações comerciais com o GPA, todos os frigoríficos são obrigados a adotar os critérios do protocolo unificado Boi na Linha (bioma Amazônia), além de demonstrar que estão em acordo com as legislações vigentes. Todos estão comprometidos de que o processo de sua cadeia é:
- Livre de desmatamento e conversão de vegetação nativa;
- Livre de condições análogas a trabalho escravo/infantil;
- Livre de embargos ambientais por desmatamento;
- Livre de invasões de terras indígenas e territórios quilombolas;
- Livre de invasões em áreas de conservação ambiental;
- Com registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e licença ambiental, quando aplicável.
Para monitorar o cumprimento dessa Política, contamos com um sistema de rastreabilidade, em que os(as) fornecedores(as) são obrigados(as) a inserir informações sobre a origem direta do gado (dados da fazenda de origem, números dos lotes e frigorífico do abate). Além das informações socioambientais, também são coletadas informações de segurança e qualidade alimentar (padrão de corte, integridade da embalagem, rotulagem e data de produção).
Os(as) fornecedores(as) de carne com abatedouro que fornecem ao Grupo, seja de marca própria como marca nacional, devem, desde 2017, ter um sistema próprio de geomonitoramento via satélite, que permite a verificação dos riscos socioambientais a partir da localização das fazendas e com o cruzamento de dados públicos, verificando se os lotes estão em aderência com a Política do GPA. Para avaliar a aderência e acuracidade do processo de monitoramento realizado pelos(as) fornecedores(as) frigoríficos, o GPA reanalisa todos os lotes de compra do Grupo das fazendas originárias, verificando se estão em conformidade com os critérios estabelecidos com a Política e o protocolo Boi na Linha.
Fornecedores(as) que não estejam de acordo com a Política Socioambiental de Compras de Carne Bovina e/ ou descumpram esses critérios em qualquer momento da relação comercial estão sujeitos(as) a medidas de consequência, incluindo o bloqueio e não comercialização com o Grupo até a readequação.